O consumo de energia no mercado livre avançou 4,5% nas três primeiras semanas de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o mais recente estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. No mercado regulado, porém, o volume consumido caiu 2% na mesma comparação. No Sistema Interligado Nacional – SIN, o comportamento da demanda foi praticamente estável na comparação anual, com uma leve alta de 0,1%.

Os resultados preliminares não consideram a migração de 900 MW médios em cargas do ambiente regulado para o ambiente livre. Expurgados os efeitos das migrações, o mercado livre teve queda de 0,1%, enquanto o regulado apresentou alta de 0,2%.

As informações levam em conta o consumo total do mercado cativo (conhecido pela sigla ACR), em que o consumidor compra energia diretamente das distribuidoras, e do livre (ACL), que permite a escolha do fornecedor e a negociação de condições contratuais. Além disso, o estudo não calcula os dados de Roraima, único estado não interligado ao sistema elétrico nacional.

Para mais detalhes sobre o panorama recente do setor de energia, consulte a ferramenta online da CCEE, que apresenta análises do consumo em base diária, permitindo filtros por ambiente de contratação, submercado, unidade federativa e por segmento de atividade.

Ramos de atividade

Com relação ao consumo de energia por ramo de atividade, expurgados os efeitos de migrações para o mercado livre, oito segmentos apresentaram queda na demanda nas três primeiras semanas de agosto, frente a 2019: serviços (-20%), transportes (-13%), veículos (-11%), telecomunicações (-4%), comércio (-4%), têxteis (-2%), químicos (-2%) e extração de minerais metálicos (-1%). As maiores altas de consumo, por outro lado, foram verificadas nos setores de bebidas (12%), minerais não-metálicos (7%), saneamento (4%) e alimentícios (4%).

Análise regional

A CCEE analisou ainda o desempenho do consumo de energia elétrica dos estados em agosto. As maiores altas ocorreram nos estados do Amazonas (13%), Rondônia (12%), Amapá (10%), Mato Grosso (9%) e Pará (7%). Já as maiores quedas foram verificadas no Rio Grande do Sul (-11%), Bahia (-7%), Piauí (-5%), Espírito Santo (-5%) e Rio Grande do Norte (-5%).

Lembrando que os resultados são preliminares e influenciados por um maior volume de dados faltantes em alguns destes estados.

Fonte: www.ccee.org.br