O consumo nacional de energia elétrica deverá retornar em setembro aos mesmos volumes de 2019 – indicando que o setor, ao menos nesse ponto, superou o impacto do isolamento social e do travamento da economia em função da pandemia de Covid-19.Em agosto, o consumo nacional de energia ficou 0,3% abaixo na comparação com igual período de 2019. Na soma dos meses de abril e maio, período mais agudo da crise, o consumo recuou -11,5% na comparação com o ano anterior.

De janeiro a agosto, o consumo acumula redução de -4,1%, ou 2.563 MW médios menos do que foi em igual período em 2019. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o país deve encerrar o ano com uma retração de -3% no consumo em relação a 2019.

De acordo com o Rui Altieri, presidente da CCEE, todos os segmentos da economia já estão em processo de retomada do crescimento do consumo, seja no ambiente regulado ou livre, fortalecendo a percepção de retomada da atividade econômica após o afrouxamento das medidas de isolamento social.

“Temos uma sinalização desde julho de normalização como um todo do consumo, alguns setores como de serviço, transporte e comércio ainda estão em recuperação”, disse o executivo em coletiva de imprensa virtual nesta quinta-feira, 10 de setembro.

O consumo no mercado livre em agosto foi de 18.998 MW médios, contra 19.926 MW médios em agosto de 2019.  Em oito meses do ano, o mercado acumula uma retração no consumo de 1,3% na comparação com o ano passado, enquanto no mercado regulado, queda de – 5,3% na comparação com igual período de 2019.

Segundo o boletim de consumo de agosto, no mercado livre, setores como bebidas, minerais não metálicos, saneamento, metalurgia e alimentos já apresentam consumo superior ao limite de 2019, considerando ou não o efeito de migrações de cargas de um ambiente para o outro.

“Nossa expectativa é que a partir de setembro e outubro todos os setores fiquem no mesmo patamar do ano passado. Como um todo, não tenho dúvida de que o setor elétrico já superou 2019 ou igualou”, disse Altieri.

Fonte: www.canalenergia.com.br